"palavras são como estrelas, facas ou flores
elas têm raízes, pétalas, espinhos
são lisas, ásperas, leves ou densas
para acordá-las basta um sopro em sua alma
e como pássaros
vão encontrar seu caminho".
Em 2010 participarei de dois desafios literários: o desafio promovido pelo blog Romance Gracinha e outro promovido pela Paula de Canetas Coloridas, '12 livros em 12 meses'. Sinceramente, nunca conto o número de livros que leio durante um ano. Mas muitas vezes eu preciso ler algo que não estava na minha lista de desejos, porém era leitura obrigatória por conta do trabalho, por exemplo... Portanto, sempre me sinto atrasada com as leituras prazerosas. E penso: e se morresse amanhã??? Meu Deus, não teria lido o livro tal, nem aquele outro... e mais outro... Peço a Deus que me permita ler todos os meus desejos literários !! Como ao término de cada ano, sempre tendemos a pensar em resoluções, gostei da sugestão das idealizadoras dos projetos. Assim como estes dois, há certamente vários outros na blogosfera. Para os bibliófilos amadores, como eu, por que não participar? Espero ler muito mais que esses doze livros, mas gostei da idéia de pensar previamente em livros pertencentes a gêneros totalmente diferentes. Será um exercício interessante. Quem se habilita? É só entrar em contato com as idealizadoras dos projetos. Fiquem à vontade. A princípio, gostaria de ler livros diferentes para ambos os projetos, mas como sei que a minha vida profissional muitas vezes me suga, tentarei mudar apenas algumas leituras para que não torne meu projeto pessoal impossível de ser concretizado. Estou aqui pensando nos livros, já fiz algumas escolhas e em breve postarei a minha lista de livros para vocês conhecerem.
Ontem foi o último dia da Bienal do livro aqui no Rio de Janeiro. Para ser sincera, nos últimos tempos, tenho preferido comprar livros pela internet por duas razões: comodidade e preço. As promoções são muitas vezes mais atraentes do que nas livrarias reais. Por outro lado, acho maravilhoso andar por livrarias, descobrir autores novos, pegar o livro, folheá-lo, degustando um café ou chá bem quentinho... Ah...como valorizo estes pequenos-grandes prazeres.... Infelizmente esse momento íntimo com o livro, a internet não nos pode propiciar. Já na bienal, temos a oportunidade de visitar várias editoras reunidas em um só lugar e descobrir o que há de novo, os lançamentos e relançamentos. Aliado a tudo isso, atualmente, os organizadores idealizaram pontos de encontros específicos para cada 'tribo'. Infelizmente não tive a oportunidade de visitar o Café Literário, por exemplo, já que a concorrência foi acirrada e precisa-se de senha para participar. Além de palestras e debates sobre assuntos diversos, existem os cantinhos da leitura, a hora do conto. A parte dedicada às crianças foi uma grande revelação - O Instituto Pro-Livro criou a Floresta de Livros. Nesta floresta 'mágica', as árvores contavam histórias e as crianças com o toque das mãos, mudavam as páginas dos livros - foi um espaço concorrido mesmo. Marcela adorou. Também nesse espaço, teve peça de teatro, como essa das fotos que tinha como mensagem: a leitura nos faz viajar sem sair do lugar. Foi uma bela apresentação! Depois ao passarmos por um estande da editora do Ziraldo, havia uma fila quilométrica de fãs aguardando um autógrafo. Não, eu não tenho paciência. E mais.... o livro era sobre o meu time rival.... (risos). Gosto muito do Ziraldo e Samuel e Marcela idem. E já entrei numa fila dessas para pegar um autógrafo do Ziraldo com Samuel. Ele nem devia ter 9 anos e ficou tão radiante de felicidade... Mas nesta edição da Bienal Internacional do Livro, aprendi uma lição importante: nunca mais irei no último dia. Não vale a pena - são pessoas se esbarrando e mal dava para chegar até os livros. Filas e mais filas para ver os livros, pagá-los... Isso para mim é pesadelo. Eu fui duas vezes: na sexta, fui sozinha. Foi mais tranqüilo, pois tive a chance de caminhar mais livremente por entre os corredores e como disse, folhear os livros, encontrar as promoções. Se não tivesse ido na sexta, teria ficado frustrada... Nem tudo são flores. A praça da alimentação só vendia 'junk food'. Senti falta da comidinha brasileira - tudo muito caro e comida lixo, sabe. Também vi adolescentes histéricas com a chegada do Dado Dolabela.... Pensei... "ninguém merece!". E a literatura, hein??? Pois é...... como disse, nem tudo é perfeito e há muito de show business também. Celebridades, etc.. Li um artigo escrito por uma professora no Jornal O Globo que reflete essa parte não tão bela da Bienal. Se quiser ler todo o artigo, clique aqui:
'A imperdível, porém contraditória, Bienal do Livro'
Publicada em 21/09/2009 às 13h24m
Artigo da leitora Ana Lúcia da Costa Silveira
(....) Vista como evento cultural de mobilização nacional, a Bienal tem superado, a cada ano, as expectativas de público visitante, consagrando-se como uma das mais bem sucedidas realizações culturais e empresariais do Brasil. O encerramento de suas atividades no último dia 20 de setembro provavelmente deixou satisfeitos todos os envolvidos na realização do mega-evento bibliófilo, desde editoras que ganharam curvas ascendentes em seus gráficos contábeis a escritores que lançaram seus novos livros, passando por famosos declamadores de textos literários que receberam uma notoriedade mais chique do que a de ser notícia em revistas de celebridades e afins. (....)
Eventos do porte da Bienal do Livro, de fato, contribuem positivamente para o incentivo à leitura. No entanto, duas perguntas instigam o aprofundamento destas reflexões: até que ponto? Em que contexto?
Neste mês de setembro, observaram-se, na mesma mídia que divulgou a Bienal, notícias dos mais variados tipos que, indiretamente, esmaeceram o contexto positivo propagado por este evento na educação brasileira. Divulgaram pesquisas que traziam críticas aos altos preços dos livros no Brasil, informando ainda que 47% dos cariocas não têm o hábito de ler. Descreveram a batalha travada em frente à Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro, onde professores estaduais (muitos provavelmente levaram seus alunos à Bienal ou os incentivaram a ir por conta própria) foram agredidos por policiais porque pleiteavam um salário inicial de R$ 1 mil em 2015 (até lá viveremos mais duas Bienais). E, para culminar, saíram os resultados da Pnad 2008, mostrando que o Brasil, além de não ter avançado no combate ao analfabetismo, possui ainda 30 milhões de analfabetos funcionais.
(.....)
Além de palestras e entrevistas com os escritores "da moda", como aquela que escreve livros sobre princesas pós-modernas ou aquela outra que retrata uma adolescente falando sério, em frases curtas e repletas de gírias, com todos a seu redor, a organização da Bienal poderia incluir na programação as mesmas palestras e entrevistas, só que ministradas por professores ou pessoas reconhecidas nos meios literários, que poderiam discorrer sobre escritores clássicos da Literatura Brasileira, esquecidos ou literalmente desconhecidos nos bancos escolares. Imaginem uma palestra sobre a carga metafórica do soldado amarelo em "Vidas Secas", de Graciliano Ramos? Ou uma leitura comparada entre os sonetos satíricos do poeta barroco Gregório de Matos e o atual noticiário político brasileirol?
Vale acrescentar que algo muito legal aconteceu nessa bienal. A Estante Virtual, um portal de sebos online, inovou esse ano e proporcionou a troca de livros - Troca, as pessoas não tinham de pagar, somente levar os livros em boas condições para trocar com outros que estavam lá na estante. Foi um sucesso total e como eu não gosto de filas que fazem curvas... não participei, mas acho a iniciativa fantástica. Para quem não conhece a Estante Virtual, dê uma passada no site. Já comprei livros excelentes através deles.
Quem não conhece as histórias do “patinho feio", "soldadinho de chumbo" ou "a roupa nova do imperador"? O autor desses e de muitos outros contos famosos chamava-se Hans Christian Andersen, um dinamarquês que nasceu no dia 2 de abril de 1805. Ele é considerado o primeiro escritor de livros para crianças. É por isso que se comemora o Dia Internacional do Livro Infanto-Juvenil na data de seu aniversário.
Filho de um sapateiro muito pobre, Andersen era frequentador assíduo de teatros. Em 1822, seu talento foi descoberto por um dos diretores do Teatro Real e impressionou pessoalmente o Rei da Dinamarca, que patrocinou seus estudos. Cursou a Universidade de Copenhague, onde começou a escrever poemas, novelas, peças, livros de viagem e, principalmente, os contos que o tornariam famoso. Foi ator, cantor e bailarino.
Andersen morreu em 1875, mas suas histórias continuam vivas até hoje e são contadas nas mais diferentes línguas pelo mundo inteiro. Algumas até viraram filmes, como A Pequena Sereia. Anualmente, a International Board on Books for Young People (IBBY) oferece a Medalha Hans Christian Andersen para os maiores nomes da literatura infanto-juvenil. As brasileiras Lygia Bojunga e Ana Maria Machado já foram contempladas.
Abril pode ser considerado o mês do livro, pois também comemoramos em 18/04 o “Dia Nacional do Livro Infantil”, em homenagem a data de nascimento do seu precursor nacional, Monteiro Lobato. No dia 23/04 celebramos o “Dia Mundial do Livro”, instituído em 1995 pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), pela morte, em 1616, de Miguel de Cervantes e William Shakespeare e o nascimento de Maurice Druon, K.Laxness, Vladimir Nabokov, Josep Pla e Manuel Mejía Vallejo, entre outros autores.
Alguns exemplos de boa literatura infanto-juvenil:
·Toda a coleção do Sítio do Pica-Pau Amarelo -Monteiro Lobato
·O Guarani e Iracema - José de Alencar
·Alice no país das maravilhas - Lewis Carroll
·Pinóquio - Carlo Collodi
·Coração - Edmondo de Amecis
·A ilha do Tesouro - Robert Louis Steveson
·Viagem à Lua - Jules Verne
·Tarzan - O Rei dos Macacos - Edgar Rice Burroughs
·Os Três Mosqueteiros - Alexandre Dumas
·Inquietude do Roseiral - Alfonsina Storni
·Escrava Isaura - Bernardo Guimarães
·O Cortiço - Aloísio de Azevedo
·Urupês - Monteiro Lobato
http://www.educacao.rj.gov.br/index5.aspx?tipo=categ&idcategoria=588&idItem=3612&idsecao=13Adaptado de :
Quando estava 'grávida' da minha filha no coração, toda informação que eu podia buscar sobre o assunto era benvinda, lendo livros, participando de palestras, grupos de apoio reais e virtuais. E assim, eu e meu marido conhecemos pessoas que compartilhavam de dúvidas e inquietações semelhantes, além daquela natural ansiedade da espera. Por isso, filmes, blogs, sites, livros e naturalmente as pessoas pelas quais passaram e passam por experiências parecidas são sempre importantes neste contexto para que possamos nos informar e ao mesmo tempo termos uma base de apoio sobre sobre tudo que envolve a adoção, os contratempos e as grandes alegrias. Hoje quero dedicar esta postagem aos livros. Existe uma bibliografia vasta sobre o assunto e a psicóloga Lídia Weber é uma grande estudiosa do assunto e possui vários livros publicados sobre adoção que combinam a teoria e a prática clínica. Descobri este da foto também escrito por ela, porém direcionado às crianças: "O filho por adoção". Neste livro a autora contribui para desvendar os mitos e preconceitos da adoção mostrando a importância do protagonismo da criança neste processo. Este eu não conhecia. Da Doutora Lídia, já li " Os Aspectos Psicológicos da Adoção", da editora Juruá.
Mas o livro favorito da Marcela é da Jamie Lee Curtis e chama-se: "Conta de novo a história da noite em que eu nasci", da editora Salamandra/Moderna. É muito lindinho e Marcela nunca se cansa de ouvir esta história pois com certeza ela se reconhece nele positivamente. Este eu conheço e recomendo! Existem muitos outros títulos, tanto para o público adulto quanto para o público infantil. No blog Adoção tardia e em tantos outros, sempre há uma sugestão de bibliografia pertinente ao tema.
Vocês já conhecem o blog "O que elas estão lendo?" Ele foi criado por um grupo de amigas apaixonadas pela leitura. A Georgia, Lucia, Bel e Flavia convidam suas outras amigas para falarem sobre um livro que tenham lido e desta forma divulgam e incentivam a leitura em nosso meio. Acredito que tudo que é feito em prol da leitura deve ser sempre muito bem recebido por todos, vocês não acham? Eu fui convidada a falar sobre um livro. Se quiserem ler sobre a minha sugestão ou outras, apareçam lá no site. Tem muitas dicas interessantes.
Hoje eu gostaria de compartilhar com vocês uma bela música de um filme, tema de "Howl's Moving Castle", "O Castelo Animado" do grande cineasta japonês Myazaki, o mesmo autor de "A Viagem de Chihiro". Este filme é baseado no livro de mesmo nome da escritora britânica Diana Wynne Jones. Aliás, quem gosta do gênero da fantasia, vale a pena ler os livros desta autora. Diana tem inclusive alguns de seus livros traduzidos para o português, uns pela Geração Editorial e outros pela Editora Record. Para quem sabe ler em inglês, esta autora tem mais de 45 livros publicados. Seu público alvo são crianças de 8 a 88 anos (:-)! Mas voltando ao assunto 'trilha sonora', vocês já imaginaram a grande maioria dos filmes sem a trilha sonora? Nem quero imaginar... A música para mim, também me conta uma história e é o pano de fundo de cenas inesquecíveis. Quantas vezes nos lembramos de um filme através de uma música ou vice-versa? Taí um casamento perfeito - a música e o cinema. A compositora do tema de "O Castelo Animado" chama-se Youmi Kimura e sinceramente, é um dos temas mais lindos e comoventes que já ouvi. Espero que vocês o apreciem também!