"palavras são como estrelas, facas ou flores
elas têm raízes, pétalas, espinhos
são lisas, ásperas, leves ou densas
para acordá-las basta um sopro em sua alma
e como pássaros
vão encontrar seu caminho".
Já postei outras vezes, minha paixão pela voz dessa cantora holandesa, Trijntje Oosterhuis, aqui nessa reportagem chamada de Traincha (????) - Talvez por causa da difícil pronúncia :-). Tomara que ela seja reconhecida aqui no Brasil como é na Holanda. A discografia de Trijntje é bem versátil: ela revisita clássicos, canta em inglês, holandês, já ouvi também alguma música em italiano - ao mesmo tempo, ela parece estar antenada com a música pop atual. Acho que é por isso que gosto tanto de suas interpretações, pois ela não despreza os sucessos antigos e ao mesmo tempo canta o que há de bom na música pop dos dias de hoje. Ela já gravou um cd com músicas do Stevie Wonder, já gravou com Lionel Richie e tanta gente boa... Um dia desses, pesquisando sobre ela no You Tube, encontrei um encontro dela com Ivan Lins! Conheçam Trijntje e, tenho certeza, alguns de vocês vão se encantar também por ela. Seu site é http://www.trijntje.nl/ Também pode ser acessado em inglês. Nesta primeira página, ela aparece com um outro grande astro da música holandesa: Marco Borsato. Outro dia, eu falo sobre ele.
A reportagem:
RIO - Executada todas as noites na trilha sonora da atual novela das oito na Globo, "Viver a vida", tanto o timbre vocal da cantora quanto o arranjo instrumental de "What the world needs now" remetem à diva maior de Burt Bacharach, Dionne Warwick. Mas a intérprete, de técnica impecável, dessa recente versão do clássico de Burt Bacharah & Hal David é uma holandesa de 36 anos, Traincha, cujo disco "Who'll speak for love" (Blue Note/EMI) acaba de ser lançado no Brasil. Editado nos Estados Unidos e na Europa há dois anos, este é o segundo songbook que a holandesa dedica à obra de Bacharach e, como no anterior, "The look of love" (em 2006), contando com o aval do compositor. Além de participar tocando piano em três faixas, ele escreveu uma nova introdução para "Raindrops keep falling on my head" e entregou à cantora a inédita música que deu título ao disco (parceria com o letrista Tim Rice), gravada com a participação especial do gaitista belga Toots Thielemans.
Acompanhada pela Metropole Orchestra, com regência de Vince Mendoza (arranjador em três faixas) e arranjos do também produtor Patrick Williams, Traincha (nascida em Amsterdã, onde foi batizada como Judith Katrijntje Oosterhuis) é extremamente fiel às versões originais do repertório, a maioria delas lançada nos anos 1960. Mesmo nas composições mais recentes, caso das duas parcerias com o roqueiro inglês Elvis Costello, "God give me strength" e "Painted from memory", a sonoridade remete ao período no qual as canções de Burt Bacharach disputavam os primeiros lugares das paradas pop com os Beatles e companhia. Hoje, sucessos como "One less bell to answer", "This girl's in love", "I just don't know what to do with myself" e "On my own" têm o sabor de clássicos, e o tratamento dado a eles pela eficiente Traincha e por seu time de colaboradores reforça essa ideia, e garante uma boa viagem aos anos 1960.
Sinceramente, às vezes tenho vontade de não ler mais jornais, não assistir mais noticiários. Já perceberam que 90% das notícias são muito ruins? "Juros vão aumentar", "jovens morrem em acidente de trânsito", "equipe de jornal é refém de milicianos no RJ", "Corrupção na política e na polícia", "Amazônia ameaçada", "bebê é deixado em carro e o carro é roubado!", "educação básica brasileira deixa muito a desejar"................ Aiiiiiiiiiiiiiiiiiiii, gente, quanta desgraça. O pior: isso não é livro de terror. É realidade. Tento manter o otimismo, mas não dá para ser hipócrita, né. Às vezes fica difícil...
Será que tem jeito?
Quando vejo que o negócio está sério demais, eu recorro à música, aos filmes, à literatura para sentir mais leveza no coração e na alma e aí lembrei-me de um filme que eu vi há muitos anos chamado: Mermaids com a Cher, Whinona Ryder e Cristina Ricci que era ainda uma menininha na época. Quem tiver a fim de esquecer os problemas do mundo e relaxar, se divertir um pouco, sugiro assistirem a este filme de 1990. É divertido, tem uma trilha sonora linda, é um filme light. Enquanto isso, fiquem com a voz linda da Cher cantando uma das músicas do filme. Tenham todos uma ótima semana.
Hoje eu gostaria de compartilhar com vocês uma bela música de um filme, tema de "Howl's Moving Castle", "O Castelo Animado" do grande cineasta japonês Myazaki, o mesmo autor de "A Viagem de Chihiro". Este filme é baseado no livro de mesmo nome da escritora britânica Diana Wynne Jones. Aliás, quem gosta do gênero da fantasia, vale a pena ler os livros desta autora. Diana tem inclusive alguns de seus livros traduzidos para o português, uns pela Geração Editorial e outros pela Editora Record. Para quem sabe ler em inglês, esta autora tem mais de 45 livros publicados. Seu público alvo são crianças de 8 a 88 anos (:-)! Mas voltando ao assunto 'trilha sonora', vocês já imaginaram a grande maioria dos filmes sem a trilha sonora? Nem quero imaginar... A música para mim, também me conta uma história e é o pano de fundo de cenas inesquecíveis. Quantas vezes nos lembramos de um filme através de uma música ou vice-versa? Taí um casamento perfeito - a música e o cinema. A compositora do tema de "O Castelo Animado" chama-se Youmi Kimura e sinceramente, é um dos temas mais lindos e comoventes que já ouvi. Espero que vocês o apreciem também!